terça-feira, 18 de outubro de 2011

Blogando Direito


A blogosfera está repleta de páginas tratando de Direito. Sejam seus autores estudantes ou doutores experientes, quem passear pelos blogs vai se deparar com fontes muito interessantes de assuntos concernentes à doutrina e também à atualidades que rondam o judiciário. É evidente que como tudo na internet, as fontes devem ser filtradas e fica a dica para quem utiliza a rede para pesquisas: sempre que pesquisar algum assunto que faça citação de artigos, leis, parágrafos, confira-os. Já me deparei, algumas vezes, com indicações erradas precedidas de textos muito bem escritos e com informações aparentemente confiáveis. Mas, falando de qualidade, considero louvável a atitude de quem se dispõem a dividir um pouco do que aprendeu, principalmente se for de forma simples, para que o Direito fique acessível ao maior número possível de pessoas. Os meus preferidos são os que tratam de Direito do Consumidor, pois acredito ser, para o cidadão comum, os de maior validade. O fato é que o Direito, como toda ciência, possui sua linguagem própria, linguagem esta, inacessível a maior parte da população, não por ignorância, mas por ser específica. Nós estudantes de Direito, e mesmo a maior parte dos doutrinadores famosos, não dominamos a linguagem científica da física, nem da matemática, como disse aquele ser humano culto: "cada um no seu quadrado". No Blog o Direito fica leve, existe a interatividade e também o espaço para discordar. Discussão em bom nível é sempre construtivo. E saltitando na internet encontrei também sites direcionados às crianças, são sites do governo, interativos, coloridos, tratando de Direito e também de política. Quanto mais o Direito se espalhar, nas casas e nas vidas das pessoas, principalmente se esta noção começar na infância, nos aproximaremos um pouco de um país menos corrupto. A luta não deveria ser de população x política e sim de conhecimento x ignorância. A política é necessária para a organização do Estado, o que faz dos políticos tão descaradamente ladrões é a certeza da impunidade, a certeza de que o povo mal entende o noticiário e que logo vai esquecer tudo que foi dito ali. Lembremos, direito não é assunto de estudante, doutor e juiz, é assunto de todo mundo, bastando nascer para possuir. Não importa quem você é, ou que você faz, vamos ler para conhecer, escrever para ensinar, colaborar para mudar.

Indico para as crianças entenderem coisas como a utilidade do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.
www.stjunior.stj.jus.br
www.turminha.mpf.gov.br

Para estudantes com resumos e notícias do mundo jurídico.


Abraços a todos.



4 comentários:

Márcio Almeida Júnior disse...

Gabriela,
Em primeiro lugar, devo dizer que não contive a decepção ao ver que não sou o primeiro a comentar em seu blogue. É uma primazia que eu, por motivos que você há de compreender, gostaria muito de ter tido. Em segundo lugar, peço licença para não fazer agora um comentário que se reporte ao conteúdo dos textos. Gostaria, agora, de dizer o quanto me sinto orgulhoso de vê-la tão desenvolta com as letras, num exercício de treinamento que terá muitíssimo a dar a você, enquanto futura operadora do Direito. Tem sido pequena, muito menor do que eu gostaria em todo caso, a minha contribuição para toda essa desenvoltura, esse gosto pela palavra escrita e a formação desse seu raciocínio que já exibe a marca das pessoas sérias, que é o fornecimento de evidências para as próprias afirmações e a busca das evidências que embasam as palavras dos outros. Aqui estou, portanto, dando início às minhas participações, que espero serem muitas neste espaço virtual, e sem poder conter meu grande, extraordinário, especial e sempre renovado orgulho de lê-la.
PS: Minas Gerais e Espírito Santo, a partir do momento em que se dispõe de um meio virtual, afinal não são tão longe assim um do outro, principalmente se pelos bites trocados entre um computador e outro houver o sentimento. Lembrando um ditado latino de que gosto: Amor omnia vincit.

CALADO EM ALTA VOZ disse...

Gabi....
Observe...
Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Notamos, então, que, de acordo com tal dispositivo, serão considerados inimputáveis:
1- O doente mental.
2- Aquele que tem desenvolvimento mental incompleto.
3- Aquele que tem desenvolvimento mental retardado.


Portanto, eis a explicação da inimputabilidade dos políticos.
Agora pare de reclamar, ponha a mesma venda, que eu coloquei, no rosto e vivamos como uma sociedade feliz e incorruptivel aos nossos olhos!
Topa?

Gabi Almeida disse...

Meu caro colega revoltado se eu tivesse vivido há época da ditadura, teria morrido de forma cruel. Morro de inveja de quem não vê nada, mas quando se vê, a responsabilidade de falar é inquietante. Sou como você, pelo que vi em seu blog de protesto. Somos "os inquietos". Graças a Deus! Abraços.

Gabi Almeida disse...

Pai obrigada pelo comentário, de você espero, mais do que qualquer elogio, a crítica técnica de um especialista, de um escritor, jornalista, professor do qual sempre admirei todas as formas de se expressar. Beijo e abraço, com saudades. Espero te ver sempre aqui, como também tenho lido suas poesias no Viver e Contar.

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