segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rapidinha...

Ato público em favor dos Royalties do ES. Mobilização política e social, com a participação de músicos, atletas e outros representantes, eu estarei lá e espero sinceramente que possamos obter visibilidade suficiente para sensibilizar nossa Presidente, e que saibamos que este é o princípio da luta, pois além de lutar pelos Royalties deveremos lutar também pela aplicação correta dos recursos, o que infelizmente não tem acontecido. Em breve post detalhado sobre o assunto, um passo de cada vez e vamos às ruas! 
Dia 10/11/11 - das 14 às 18 hs - na Praça dos Namorados em Vitória 


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Salve, Salve a iniciativa popular!

A hoje sim, um belo café da manhã! Vila Velha deu o exemplo e mostrou que nem só de trouxas é formada a cidade! As pessoas foram às ruas, a imprensa no rádio e na televisão cumpriu com seu papel, e hoje a capa do jornal dizia "Vereadores recuam de aumento" (A Tribuna - 01/11/11 - pg 36 e 37). O circo pegou fogo e em trocas de acusações o prefeito e seus patinhos tentam sair por cima da lama dizendo todos que "foi melhor assim", "não era o momento certo"... Mas e o senhor Presidente da Câmara, apelidado neste blog, em ânimo permanente, de "Palhaço"? Bom, o Ivan Carlini, que até ontem dizia ser impossível rever o projeto de aumento, está caladinho, com cara de burro-quando-foge e certamente assustado diante desta população forte, que já não é mais aquela, de 20 anos atrás, quando ele entrou na câmara pela primeira vez. E aí, será que ele volta? Infelizmente vereadores como ele fazem de certos bairros seu reduto de votação, trocando votos por apertos de mão e reformas na pracinha... Sabe como é né... faz uma rotatória ali, planta um coqueiro bonito aqui... e assim arrebata seguidores. No caso dele é ainda mais complicado de empurrar á vassouradas porta a fora, pois, como já dito aqui, sua cadeira já é cativa. Espero, com toda a esperança que me cabe, que esta cidade maravilhosa em que moro há tantos anos, se mostre ainda mais forte nas urnas, que possamos limpar a Câmara destes senhores que já estão lá há tanto tempo, que já confundem com o quintal de suas casas, onde tudo é permitido. Não nos esqueçamos que a audácia deles vem da certeza dos votos na próxima eleição. Vamos surpreendê-los! Um obrigado sincero à ONG Transparência Capixaba, que esteve atuante na mídia sem medir palavras, é bom saber que temos com quem contar. Um aplauso de admiração aos repórteres da Tv Gazeta, Tv Vitória, da rádio CBN, e Jornal A Tribuna* que igualmente não se fizeram de rogados ou de "isentos", falaram em nome da população, como parte desta e deram voz e espaço para o povo expressar sua indignação. E em consideração final, um alerta aos estudantes, pois lamento muito que não estejamos fazendo parte da história de Vila Velha, tanto quanto poderíamos. Será que se Vila Velha tivesse um Campus da Federal teríamos tido manifestações? Algo me diz que sim. Vamos aguardar o desfecho deste capítulo da novela "corrupção descarada" e nos sentir fortes e capazes de bater de frente com quantos absurdos vierem pela frente! Encerro com a célebre frase de Santo Inácio de Loyola "Trabalhe, como se tudo dependesse de ti, e confia como se tudo dependesse de Deus". 

* As fontes citadas são as que eu pude ver e ouvir, não significando que os demais veículos de comunicação não tenham tocado no assunto. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dividindo o recheio do bolo... mas só o recheio!

O senado aprovou na quarta-feira (20/10), um projeto de lei que reformula a divisão dos royalties de  petróleo, reduzindo a fatia da União, dos estados e municípios produtores e elevando a parcela dos estados não produtores. A guerra do petróleo é velha conhecida, e que petróleo é dinheiro todo mundo sabe também. Mas e o impacto ambiental que a exploração desenfreada causa nos municípios e estados produtores, será que todo mundo sabe? Acredito que a maior parte de quem imagina ter esse conhecimento, não sabe "da missa um terço", como dizia minha bisavó. Eu mesma me surpreendi ao ler um dossiê do Instituto Pólen, sobre a degradação natural e social que sofre uma cidade, e seu Estado ao serem alvo da extração do petróleo. Vamos parar de extrair? Ninguém seria louco o suficiente para fazer uma brincadeira de tanto mau gosto. É impossível. Somos dependentes e cada vez mais, dos frutos do petróleo e para mantermos nossas industrias diversas de pé, temos que torcer para que mais poços sejam encontrados. Mas e os estados produtores, como ficam nesta história? A partir de agora, os rendimentos destes estados poderá cair gradativamente em favor dos estados não produtores, aqueles que não sofrem em NADA com a extração do petróleo. É revoltante ver o quanto é óbvio que só o que faz lei neste país é o interesse dos mais fortes, o protecionismo político. Não há explicação nem se quer um pouco lógica para justificar a equiparação na divisão dos Royalties se não o fato de haverem muito mais estados, representados por seus governantes, interessados em dividir, do que estados produtores e receptores das mudanças ambientais e sociais ocasionadas pela exploração. Digo sociais, pois o percentual de migrações para as cidades produtoras de petróleo é grande, e estas pessoas chegam no estado com suas famílias, para suprir a necessidade de mão-de-obra nos mais diversos setores. Estes filhos precisam de escola, estas famílias precisam de postos de saúde e hospitais, estas pessoas precisam de uma estrutura para viver no nosso Estado  e modificam nosso cenário social.  Eu, natural de Minas Gerais, coloco mais uma vez minha opinião neste Blog, e desta vez em defesa dos Royalties do Espírito Santo. E convido à todos que passarem por aqui, seja para ler ou comentar, que ajude a divulgar a causa, a proteger o patrimônio do ES. Divulgue em suas redes sociais o Banner da campanha que aparece neste post, e converse com pessoas que ainda não estão devidamente informadas sobre o quanto poderemos perder a curto e longo prazo. Isso irá se refletir na vida de todos que habitam este estado, não somente a quem nasceu aqui. A divisão dos Royalties é tão justa quanto nós dividirmos o dinheiro que o nordeste arrecada com o turismo em suas praias ( é bem mais do que vocês imaginam, é mais caro ir pro nordeste no verão do que pra alguns locais na Europa), vamos dividir o dinheiro arrecadado no carnaval de Salvador. Vamos "rachar a grana" arrecadada com as visitas milionárias  a Ilha Fernando de Noronha. Vamos dividir o Bolo, mas só a parte boa,  né gente?! 

Inveja da Audácia dos Canalhas

Este artigo também poderia se chamar: "A morte do senso crítico", mas inspirada em uma das campanhas da ONG Transparência Capixaba, vi no título usado o reflexo da vergonhosa verdade que assombra os estudantes do nosso país ( me coloco neste bolo). Hoje as 6:30 da manhã parei para assistir ao jornal "ES TV 1ª edição", o que raramente consigo fazer, devido a correria para cumprir com os horários. O café da manhã me caiu indigesto, pesado, como uma pedra. Eu ouvia a cada gole de café um desatino do entrevistado, o vereador Ivan Carlini, que preside atualmente a Câmara Municipal de Vila Velha. O vereador tentava explicar o aumento absurdo de 60%  no salário dos vereadores, e não havendo justificativa moral, buscou respaldar-se na legislação vigente, dizendo inclusive que apenas estava cumprindo a lei. O repórter que me parecia igualmente indignado, fez questão de explicar aos telespectadores que NÃO, a lei não manda dar aumento de 60%, a lei permite que este aumento seja dado até o teto de 60%, onde deveria entrar a razoabilidade e a moral dos vereadores na votação de seu próprio aumento. Coloquei o fato como "vergonha para NÓS estudantes", porque não há de se imaginar quem tenha mais responsabilidade em modificar o mundo em que vive, se não os estudantes, o seleto grupo da população brasileira que recebe educação fazendo com que haja mobilidade social. Quando ouvi a entrevista do INFAME do Ivan Carlini, tive muita vontade de me dirigir a porta da Câmara e ficar lá na porta gritando, jogando pedras, porém, é certo que isso nada mais seria do que um ato de desequilíbrio. Não são os atos individuais que modificam o mundo, são os atos coletivos. Me perguntei então se não poderiam haver mais pessoas na minha cidade abismadas o suficiente para compartilhar da minha vontade de fazer um manifesto, organizado e em voz alta. Procurando na rede, me deparei com alguns abaixo assinados on-line, uma nova proposta de protesto onde alguém propõem a causa e busca aderência em forma de assinaturas on-line. Gostei... E até assinei um destes. Porém , meu senso de realidade me fez raciocinar sobre o impacto desta forma de manifestação. Trata-se de um meio muito interessante de reunir pessoas com a mesma ideia, mas se o limite das nossas manifestações for a tela do computador nunca irá incomodar ao alvo. Aposto que os políticos fazem com estes protestos o mesmo que nós fazemos com aqueles e-mails chatos de corrente "marcar- excluir", e pronto. Como diz aquela musiquinha "um elefante incomoda muita gente... dois elefantes incomodam, incomodam muito mais..." acontece que elefante em zoológico não incomoda ninguém. Mesmo frustrada com a forma de protesto que se limita aos e-mails, continuei pesquisando e encontrei a ONG transparência Capixaba, cliquei no link que leva a vertente Jovem do programa e encaminhei um e-mail para o presidente, perguntando se existe previsão de alguma forma de repudiar a sujeirada na Câmara de Vereadores de Vila Velha, que como tantas outras no país está repleta de Palhaços-de-carteirinha, que já possuem cadeira cativa há 20 anos! É claro que é o povo que vota, e por isso mesmo que acredito nas manifestações, quem sabe ridicularizando eles, e buscando visibilidade na mídia, poderemos acender uma luz na cabeça das pessoas mais simples para que elas entendam o quanto estes senhores pisam na nossa inteligencia e no nosso suor. Ainda escuto pessoas dizerem que não se importam com nada mais, que não se incomodam mais, porém pergunto: você gosta de pagar plano de saúde? Você só paga porque a saúde pública é uma vergonha. Você gosta de pagar escola para o seu filho? Você só paga porque o ensino público é decadente. De forma indireta todos nós nos incomodamos , alguns em âmbito coletivo outros, apenas no que concerne ao seu próprio bolso. Não importa qual seja o motivo, importe-se e movimente-se. Já parou pra pensar na qualidade de vida que você teria se seu salário fosse aumentado em 60% como destes vereadores? Estudantes da rede privada, movimentem-se! Parece que no Brasil só estudante de Federal é que sabe organizar protesto. Nós não somos menos inteligentes, nós estamos na rede privada porque não tem faculdade pública pra todo mundo, porque o Espírito Santo, pertence a região mais desenvolvida do Brasil e desta, é o único estado que só tem uma federal. Termino esta postagem de desabafo, ansiosa pela resposta da ONG transparência Capixaba sobre um possível protesto lá na Câmara dos Vereadores de Vila Velha, precisamos invejar a audácia que eles têm em dar uma entrevista falando asneiras contando com a nossa ignorância. E quando formos lá, vou pedir um bombom pro PALHAÇO do Ivan Carlini, que disse ser perfeitamente normal gastar 600 reais do dinheiro público com chocolate!

***OUÇA AQUI O DIGNÍSSIMO FALANDO, ele disse que até agora ninguém reclamou... ouça e talvez você também sentirá vontade de reclamar.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/10/noticias/cbn_vitoria/entrevistas/1010344-presidente-da-camara-de-vereadores-de-vila-velha-ivan-carlini-pr.html

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Blogando Direito


A blogosfera está repleta de páginas tratando de Direito. Sejam seus autores estudantes ou doutores experientes, quem passear pelos blogs vai se deparar com fontes muito interessantes de assuntos concernentes à doutrina e também à atualidades que rondam o judiciário. É evidente que como tudo na internet, as fontes devem ser filtradas e fica a dica para quem utiliza a rede para pesquisas: sempre que pesquisar algum assunto que faça citação de artigos, leis, parágrafos, confira-os. Já me deparei, algumas vezes, com indicações erradas precedidas de textos muito bem escritos e com informações aparentemente confiáveis. Mas, falando de qualidade, considero louvável a atitude de quem se dispõem a dividir um pouco do que aprendeu, principalmente se for de forma simples, para que o Direito fique acessível ao maior número possível de pessoas. Os meus preferidos são os que tratam de Direito do Consumidor, pois acredito ser, para o cidadão comum, os de maior validade. O fato é que o Direito, como toda ciência, possui sua linguagem própria, linguagem esta, inacessível a maior parte da população, não por ignorância, mas por ser específica. Nós estudantes de Direito, e mesmo a maior parte dos doutrinadores famosos, não dominamos a linguagem científica da física, nem da matemática, como disse aquele ser humano culto: "cada um no seu quadrado". No Blog o Direito fica leve, existe a interatividade e também o espaço para discordar. Discussão em bom nível é sempre construtivo. E saltitando na internet encontrei também sites direcionados às crianças, são sites do governo, interativos, coloridos, tratando de Direito e também de política. Quanto mais o Direito se espalhar, nas casas e nas vidas das pessoas, principalmente se esta noção começar na infância, nos aproximaremos um pouco de um país menos corrupto. A luta não deveria ser de população x política e sim de conhecimento x ignorância. A política é necessária para a organização do Estado, o que faz dos políticos tão descaradamente ladrões é a certeza da impunidade, a certeza de que o povo mal entende o noticiário e que logo vai esquecer tudo que foi dito ali. Lembremos, direito não é assunto de estudante, doutor e juiz, é assunto de todo mundo, bastando nascer para possuir. Não importa quem você é, ou que você faz, vamos ler para conhecer, escrever para ensinar, colaborar para mudar.

Indico para as crianças entenderem coisas como a utilidade do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.
www.stjunior.stj.jus.br
www.turminha.mpf.gov.br

Para estudantes com resumos e notícias do mundo jurídico.


Abraços a todos.



sábado, 15 de outubro de 2011

Da educação fundamental ao Exame da Ordem - Um paralelo


O que o exame da Ordem dos Advogados do Brasil tem em comum com o ensino básico no nosso país? O fracasso do método avaliativo. Opinião absurda? Vamos analisar. No Brasil o ensino básico, ou fundamental, começa aos sete anos de idade e termina aos quatorze (com pequenas variações regionais, sociais e de casos particulares), e no decorrer deste período os alunos são avaliados em um processo classificatório que os coloca num patamar entre 0 e 10 pontos. Esta pontuação reflete o grau de entendimento do aluno sobre a matéria aplicada em sala pelo professor, certo? Não. O conteúdo ministrado em sala de aula, muitas vezes de forma menos pedagógica do que se espera, é passado ao alunos como uma receita de bolo e se adéqua melhor os que aderem a este conteúdo e conseguem manter seu boletim azul. Mas e aqueles alunos cujas notas são sempre medianas e até mesmo abaixo da média? Eles são "burros"? Eles são desprovidos de capacidade intelectual? Em alguns casos específicos podem ser crianças que apresentem sim alguma disfunção psicológica, porém, pasmem, na maioria das vezes são os alunos mais críticos e inteligentes que ocupam as listas da recuperação. Especialistas como a professora Gilda Rizzo, atuante na área de pedagogia infantil, constataram que alunos muito inteligentes podem apresentar dificuldade de adequação e até mesmo submissão ao sistema educacional que perdura à décadas. São alunos cuja capacidade de ser crítico não permite a aceitação de conceitos básicos, regras que não têm explicação, coisas que são assim "porque são". Existem alunos que sofrem com as respostas vazias, com professores que em sua maioria não estão dispostos a responder perguntas que não estavam em sua programação. Estas crianças se sentem agredidas pelo sistema educacional e têm a sua capacidade convertida em fracasso no método da classificação do "0 a 10". E quando isso acontece, é fácil prever que o resultado é uma criança frustrada, que aprende a repetir que suas notas são baixas simplesmente porque ela é uma péssima aluna, pergunta demais e atrapalha a aula. E a prova da OAB tem o quê com isso? Bom, imaginemos um médico que depois de dez anos estudando, passa algumas horas numa sala e dali há alguns dias saberá se vai poder exercer sua profissão ou não. Agora imagine um engenheiro, que estuda também por tantos anos e quando se forma é submetido a uma prova para então aguardar e saber se poderá ou não utilizar o que aprendeu. Imaginou? Não precisava... Só quem passa por isso são os bacharéis em Direito! O aluno do curso de Direito, se estuda na Federal, passa cinco anos de sua vida, ou mais, estudando, investindo tempo e também algum dinheiro e se for de uma instituição particular passa cinco anos investindo, investindo, investido e estudando em um dos cursos mais caros e demorados do sistema de cursos superiores do Brasil e do mundo. E ao final deste curso se submete a uma prova com um nível de exigência absurdamente superior a qualidade dos cursos ministrados, fato confirmável, bastando ver o baixo nível de aprovação no país todo. E qual a diferença entre quem passa e quem não passa? Voltemos aos alunos do ensino básico, os do boletim azul, e os da recuperação... Os estudantes de Direito que passam na ordem são aqueles que, de forma louvável, se adequam ao sistema de ensino, têm a felicidade de levar uma vida que possibilite estudar tempo suficiente e ainda que são contemplados com um sistema emocional equilibrado, pelo menos para se submeter a exames. E qual é o perfil do aluno que não passa? São muitos... É aquele aluno que trabalha, que é pai ou mãe de família, é aquele aluno que não teve oportunidade de adquirir os melhores livros, é aquele aluno que passou cinco anos indo cansado pra sala de aula, é aquele aluno que ia com fome ouvir os professores (acreditem senhores, existe miséria no nosso país)... ou é tão simplesmente aquela pessoa, que de tão humana, se descontrola diante de uma prova que decidirá a validade do seu investimento de cinco anos. Por favor, caros leitores, a pessoa que vos escreve não tem a intenção de criticar, tampouco de diminuir o feito dos milhares de aprovados no exame da OAB nas últimas décadas, deixo aqui registrado meus sinceros aplausos a todos estes. Porém, acredito ser perfeitamente criticável esta que é mais uma forma de separar as pessoas em joio e trigo, não analisando sua capacidade real, mas submetendo-as a mais uma prova, que vai definir seu conhecimento de forma quantitativa e não qualitativa. Não entrarei no mérito dos princípios constitucionais para que a análise continue no seu objetivo de português claro. Então façamos mais uma análise de sentido prático, desta vez sobre o prisma dos que defendem a continuidade da prova. Li em diversos artigos coisas como "se a prova da ordem acabar, ocorrerá um caos social", li também "os serviços prestados por um advogado são tão importantes que a população merece que seja feita a seleção dos que realmente conhecem o Direito"... Li estas e outras coisas e não sei o que me caiu de forma mais indigesta. Se você, leitor, casado, pai, pudesse escolher, preferiria ser vizinho de um médico ou de um advogado? Ter uma pessoa que salva vidas ao lado de casa me parece mais útil. E o que este médico fez para ser visto como "pessoa capaz de salvar uma vida" ? Ele fez faculdade, estudou bastante, até se especializou. E a prova da Ordem dos Médicos? Não tem senhores! Mas e o CRM? E as provas de título? Bom, elas existem, tornam seus possuidores muito bem vistos. Mas e o médico que não se especializa e não faz prova de título? Oras... ele é médico! Ele exerce a profissão, ele monta um consultório, ele atende pacientes, ele faz plantão e ele receita remédios. A prova não impede o exercício da função. Aaa e os engenheiros que trabalham nas construções de prédios imensos, que abrigam milhares de famílias, prédios como este que você está agora... Eles também não fazem prova para testar sua capacidade, no entanto, é confiado à eles, de forma indireta, a vida e a segurança das pessoas. Não seria melhor então aplicar prova pra todo mundo? O fato é que as provas, a exemplo daquelas do ensino fundamental, e também a exemplo da Ordem, não separam os bons dos ruins, (lamentavelmente, pois seria muito prático que fosse simples assim subdividir as pessoas). Levanta a mão quem não conhece um advogado (inscrito na OAB) medíocre que mal sabe preparar uma petição! Quem não conhece terá, certamente, o desprazer de conhecer. O fato é que estamos expostos aos erros médicos, aos erros da engenharia, a ingerência dos administradores graduados, nós abrimos o jornal e não é difícil ler textos mal escritos de jornalistas formados. O risco existe em tudo, sempre e as provas não os diminuem. Estão todos aí, montando seus escritórios, suas salas comerciais, ocupando seus postos, correndo o risco de errar, mas também de acertar, estão todos tendo a oportunidade de estagnar ou de melhorar com a prática (menos os bacharéis em Direito). A luz no fim do túnel está nas mão do Supremo, agora é torcer para que o jogo de interesses não se sobreponha a razoabilidade da equiparação do Direito às demais profissões, e claro, ao direito de exercê-las!

Quem é vivo sempre aparece...


É, eu sei que esse ditado é batido... foi só para ilustrar a volta ao blog, que para mim é bem mais que um local de exposição de experiências literárias bem sucedidas (ou quase isso... rs), quando eu fiz este Blog minha intenção era de ter um espaço no qual pudesse tirar um pouco do peso das minhas opiniões de dentro de mim, falar com o mundo ou falar sozinha, mas falar... e todo mundo que tem blog sabe que manter as postagens com frequência é um desafio imenso, por circunstâncias diversas e cotidianas. Voltando então, inspirada em amigos que recentemente aderiram ao blog, retomo em breve a postagem dos meus desatinos diversos! Até breve...