O senado aprovou na quarta-feira (20/10), um projeto de lei que reformula a divisão dos royalties de petróleo, reduzindo a fatia da União, dos estados e municípios produtores e elevando a parcela dos estados não produtores. A guerra do petróleo é velha conhecida, e que petróleo é dinheiro todo mundo sabe também. Mas e o impacto ambiental que a exploração desenfreada causa nos municípios e estados produtores, será que todo mundo sabe? Acredito que a maior parte de quem imagina ter esse conhecimento, não sabe "da missa um terço", como dizia minha bisavó. Eu mesma me surpreendi ao ler um dossiê do Instituto Pólen, sobre a degradação natural e social que sofre uma cidade, e seu Estado ao serem alvo da extração do petróleo. Vamos parar de extrair? Ninguém seria louco o suficiente para fazer uma brincadeira de tanto mau gosto. É impossível. Somos dependentes e cada vez mais, dos frutos do petróleo e para mantermos nossas industrias diversas de pé, temos que torcer para que mais poços sejam encontrados. Mas e os estados produtores, como ficam nesta história? A partir de agora, os rendimentos destes estados poderá cair gradativamente em favor dos estados não produtores, aqueles que não sofrem em NADA com a extração do petróleo. É revoltante ver o quanto é óbvio que só o que faz lei neste país é o interesse dos mais fortes, o protecionismo político. Não há explicação nem se quer um pouco lógica para justificar a equiparação na divisão dos Royalties se não o fato de haverem muito mais estados, representados por seus governantes, interessados em dividir, do que estados produtores e receptores das mudanças ambientais e sociais ocasionadas pela exploração. Digo sociais, pois o percentual de migrações para as cidades produtoras de petróleo é grande, e estas pessoas chegam no estado com suas famílias, para suprir a necessidade de mão-de-obra nos mais diversos setores. Estes filhos precisam de escola, estas famílias precisam de postos de saúde e hospitais, estas pessoas precisam de uma estrutura para viver no nosso Estado e modificam nosso cenário social. Eu, natural de Minas Gerais, coloco mais uma vez minha opinião neste Blog, e desta vez em defesa dos Royalties do Espírito Santo. E convido à todos que passarem por aqui, seja para ler ou comentar, que ajude a divulgar a causa, a proteger o patrimônio do ES. Divulgue em suas redes sociais o Banner da campanha que aparece neste post, e converse com pessoas que ainda não estão devidamente informadas sobre o quanto poderemos perder a curto e longo prazo. Isso irá se refletir na vida de todos que habitam este estado, não somente a quem nasceu aqui. A divisão dos Royalties é tão justa quanto nós dividirmos o dinheiro que o nordeste arrecada com o turismo em suas praias ( é bem mais do que vocês imaginam, é mais caro ir pro nordeste no verão do que pra alguns locais na Europa), vamos dividir o dinheiro arrecadado no carnaval de Salvador. Vamos "rachar a grana" arrecadada com as visitas milionárias a Ilha Fernando de Noronha. Vamos dividir o Bolo, mas só a parte boa, né gente?!
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